De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 8,5 milhões de pessoas trabalharam remotamente nos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus, e entre períodos de endurecimento e flexibilização das medidas de distanciamento social ao longo do ano, a rotina de muitos profissionais segue longe da firma. Para informar e esclarecer dúvidas sobre o tema, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou neste mês a cartilha educativa “Teletrabalho – O trabalho de onde você estiver”.
O documento, disponível para download, apresenta e diferencia os conceitos de teletrabalho, home office, trabalho remoto e trabalho externo, além de expor os direitos garantidos para cada modalidade, suas vantagens e desvantagens e dicas de saúde relacionadas às atividades.
Na introdução do material, a presidente do TST, ministra Maria Cristina Peduzzi, classifica a ampliação do teletrabalho, “modalidade em que o serviço é realizado fora das dependências do empregador, com a utilização de recursos tecnológicos”, como a transformação mais evidente nas relações de trabalho durante a pandemia. “Graças aos diversos sistemas, aplicativos e outras ferramentas de inteligência artificial foi possível manter a execução de grande parte das atividades profissionais a distância, sobretudo as intelectuais”, avalia, acrescentando que “o teletrabalho, que antes era apenas uma alternativa, já se consolida como modalidade de trabalho eficaz, com vantagens tanto para o empregador quanto para o empregado”.
“O objetivo principal desta publicação de utilidade pública é estimular a construção de relações saudáveis, com direitos e deveres sendo respeitados”, conclui a ministra.