Um grupo de 500 famílias de vítimas do novo coronavírus na Itália está processando o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, e o ministro da Saúde do país, Roberto Speranza, além do presidente da região da Lombardia, Attilio Fontana, sob alegação de negligência criminosa no tratamento local da crise sanitária.
De acordo com o jornal britânico “The Guardian”, a ação judicial será registrada nesta quarta-feira (23) na província de Bergamo, na Lombardia, uma localidade gravemente afetada pela primeira onda da pandemia no início do ano. Para o grupo, os três líderes contribuíram para as quase 70 mil mortes pela Covid-19 na Itália, criticando medidas como a decisão de reabrir um hospital em Alzano Lombardo horas após o registro de um surto no local, no dia 23 de fevereiro, e o fracasso em impor uma quarentena imediata na cidade e a vizinha Nembo.
Um fator crucial no processo é a alegação de que não há um plano nacional atualizado para conter a crise no país, além de as autoridades regionais terem falhado em implementar um plano local que deveria ter sido desenvolvido com base no nacional.
A advogada do caso, Consuelo Locati, pede 259 mil euros em compensação para cada família envolvida.