Após a reabertura das economias fechadas pela pandemia do novo coronavírus, muitas imagens geraram debates acalorados: praias lotadas na Europa, parques cheios no Japão, bares tumultuados no Brasil. Mas nenhuma delas foi mais polêmica que a de um parque aquático em Wuhan, cidade da China onde foram registrados os primeiros casos da doença. Lá, uma festa de música eletrônica reuniu milhares de jovens, sem máscaras ou qualquer medida de distanciamento social, tanto no pátio de shows quanto nas piscinas.
Mas, afinal, como uma aglomeração de tamanha magnitude foi possível justamente na cidade onde tudo começou e que passou pela mais rígida de todas as quarentenas realizadas no mundo? Na pergunta, já vem uma parte da resposta. O fato de a cidade chinesa ter sido o epicentro do problema fez com que ela fosse também a primeira a adotar medidas de contenção. A cidade literalmente parou e fechou seu acessos por 76 dias.
Com os primeiros sinais de controle da pandemia na cidade, o governo chinês iniciou um processo de reabertura gradual, visando a retomada econômica da região, severamente afetada. Com a economia reaberta e a pandemia controlada, foram afrouxadas ainda mais as medidas de contenção.
A província de Hubei, onde fica Wuhan, não relata novos casos de Covid-19 desde maio, o que também pesou pelo afrouxamento nas medidas.
O que dizem os críticos?
As críticas ao nível de reabertura adotado na província de Hubei percorrem um amplo espectro, alimentando inclusive teorias da conspiração. No meio científico, os questionamentos giram em torno dos riscos de grandes aglomerações num momento em que o vírus ainda circula no país. Bastaria um infectado para espalhar novas infecções numa multidão como a vista nas fotos do parque aquático.
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