Varejo precisa preparar as ações de trade marketing para a Black Friday 2018
Uma estratégia que pode colaborar na melhor distribuição dos recursos das marcas é estabelecer uma política comercial que categorize os clientes com mais vantagens e gratificações
A edição de 2018 da Black Friday acontece no próximo dia 23 de novembro e deve aquecer o volume de vendas, tanto do varejo físico e online, para pequenos, médios e grandes varejistas. Somente em 2017, segundo dados do Ebit que mede a reputação do varejo online, as vendas do comércio eletrônico cresceram 10,3% na Black Friday de 2017 em comparação com o ano de 2016.
E para que esse ano o número de vendas cresça efetivamente, algumas ações de trade marketing podem ser implementadas em áreas que as empresas possuam alguma deficiência, e entender em quais canais deve investir para que a data tenha o maior sucesso possível.
A indústria, por exemplo, poderá promover ações na distribuição, promoção das marcas e incentivo para os vendedores nos pontos de vendas.
Outros aspectos que o trade marketing deve se importar em relação as estratégias, que impactam no resultados durante a Black Friday, é avaliar que tipo de produtos as lojas adquirem nesse período, estimativa de faturamento, categorias dos produtos, região onde são comprados, parcerias, treinamentos das equipes de vendas, divulgação da marca, mix de produto e análise de concorrentes.
Além disso, esses pontos funcionam como parâmetros para conceder benefícios e verbas de bonificação. Um bom exemplo, de como é possível atender as ações de incentivo é destinar uma parte da verba para premiar as equipes que tiverem maior engajamento nas vendas durante a Black Friday.
Uma outra estratégia que pode colaborar na melhor distribuição dos recursos das marcas é estabelecer uma política comercial que categorize os clientes com mais vantagens e gratificações.
As parcerias também são importantes em ações como a Black Friday, pois contribuem para atividades em conjunto entre fornecedores e os varejistas. Práticas como descontos em um segundo produto, parcelamento ou até mesmo juros menores possibilitam um maior interesse do público, e consequentemente, aumento nas vendas.
O planejamento e controle de verba também é fundamental, pois como a ação se concentra em um único dia na maior parte do varejo, é importante saber quanto deverá ser investido em cada ação e qual o retorno que, tanto o varejista como os distribuidores, poderão alcançar.
O impacto positivo nos pontos de vendas exatamente um mês antes do Natal pode significar um acréscimo no faturamento, maior fluxo de clientes e exposição das marcas.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) no ano de 2017 os itens mais procurados durante o período da Black Friday foram produtos de informática, celulares, eletrônicos, moda, casa e decoração. E para esse ano essas escolhas devem se repetir, o que deve superar os quase R$ 2 bilhões de faturamento alcançados na última edição.
O uso de uma plataforma que reúna as informações de gestão de todos os canais envolvidos nas ações de marketing é fundamental, pois os gestores das indústrias e do varejo precisam acompanhar o comportamento dos clientes nesse período.
E no período pós Black Friday criar indicadores para avaliar as melhorias de desempenho ao longo do ano para a próxima edição, reutilizando estratégias que deram certo ou buscando novas alternativas que atendam melhor os clientes.
Kleber W. Astolfi — Diretor de operações da Astéria