De acordo com estudo divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), agência de saúde dos Estados Unidos, combinar o uso de uma máscara cirúrgica com outra de tecido pode aumentar o nível de proteção contra o novo coronavírus. As informações são da CNN.
Testes realizados pelo órgão atestaram que a aplicação de uma máscara de pano por cima de outra de procedimento médico garantiram um bloqueio de 92,5% das partículas expelidas em uma tosse simulada pelo usuário, criando uma barreira melhor ajustada aos contornos do rosto e, por isso, mais eficaz. Além disso, a análise de um cenário onde uma fonte de infecção e outra não infectada utilizaram, ambas, máscaras duplas, concluiu que a exposição desta última a partículas potencialmente infecciosas caiu 96,4%.
Reforçando a importância do ajuste adequado desses equipamentos para aumentar sua eficácia na proteção contra a Covid-19, o CDC também identificou um melhor desempenho no uso único de máscaras cirúrgicas ao se dobrar suas bordas para dentro e dar um nó nas cordas da orelha (especificamente no ponto de contato com o tecido), reduzindo suas lacunas laterais (por onde entra e sai o ar que escapa à sua filtragem) e tornando-a mais firme. O estudo registrou que, dessa forma, o acessório bloqueou 63% dos aerossóis potencialmente infecciosos, contra os 42% assinalados por uma máscara sem as modificações.
Na simulação envolvendo duas fontes usando os modelos cirúrgicos com tais alterações, a exposição daquela não contaminada a partículas potencialmente infecciosas foi reduzida em 95,9%.
Apesar de admitir as limitações da pesquisa, realizada em ambientes controlados com modelos específicos de máscara, o CDC destacou que “os dados deste relatório ressaltam a conclusão de que um bom ajuste pode aumentar a eficiência da filtragem. Demonstrou-se que várias maneiras simples de obter um melhor ajuste são eficazes”.