A plataforma de Crowdfunding de Investimentos SMU propôs à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), em parceria com o escritório de advocacia Demarest, a criação de uma “bolsa de startups”: um mercado secundário de ativos de startups que abrange áreas como crowdfunding, bolsas de investimentos e investidores anjos. A ideia é oferecer a investidores um sistema de negociação organizado, que tenha maior proteção para investidores e mercados e possibilidade de liquidez.
Ao Valor Investe, o presidente da SMU, Rodrigo Carneiro, explicou que, como atualmente as plataformas de crowdfunding são proibidas de intermediar o mercado secundário, o caminho para captação de investimentos é mais difícil. De acordo com ele, resolver o problema da liquidez aumentará a atratividade para o investimentos em startups.
“A falta de liquidez é uma das dores desse mercado. O investidor brasileiro gosta de investir em startups, ele assume o risco, mas fica desconfortável com a falta de liquidez. Para ganhar dinheiro com esses ativos, hoje ele precisa ter um evento de liquidez, como uma incorporação da empresa”, disse Carneiro.
A proposta do mercado secundário foi enviada pela SMU como parte do processo da CMV que irá admitir participantes para o sandbox regulatório, um ambiente de testes de projetos aprovados, com condições especiais e limitadas. Durante 1 ano, sete projetos terão autorizações temporárias para o desenvolvimento de inovações em atividades que já são regulamentadas no mercado de capitais. Ao todo, a CMV recebeu 32 propostas, que serão analisadas até dia 30 de abril.