Morreu nesta terça-feira (12), aos 94 anos, o empresário brasileiro Antônio Carlos de Almeida Braga, conhecido como Braguinha. Ele vivia em Portugal desde o início da pandemia do novo coronavírus, no ano passado, e foi internado na manhã de hoje após passar mal, de acordo com sua família.
Banqueiro bilionário, Braguinha foi um dos maiores entusiastas e apoiadores do esporte nacional. Além de sócio benemérito do Fluminense, clube que decretou luto oficial de três dias em sua homenagem, o antigo dono da Atlântica Boavista, uma das maiores seguradoras do país (posteriormente incorporada à Bradesco Seguros), fez história como um discreto incentivador financeiro de alguns dos maiores nomes do Brasil nas mais diversas modalidades, como Pelé, Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi, Gustavo Kuerten e a dupla Torben e Lars Grael.
Ao viabilizar a criação da equipe de vôlei Atlântica Boavista, com o patrocínio de sua empresa, Braguinha exerceu grande papel na profissionalização do esporte no país durante os anos 1980, impulsionando astros da seleção masculina da modalidade como Bernard, Bernardinho, Renan e Fernandão, medalhistas de prata nas Olimpíadas de 1984. Ele também apostou em Fittipaldi, Senna e Kuerten quando apenas começavam suas carreiras e auxiliou Pelé durante período em que o Rei do futebol atravessou dificuldades financeiras.
Apesar de apoiar e conviver com grandes ídolos, o empresário, avesso à autopromoção, concedeu poucas entrevistas ao longo das últimas décadas.
O velório e o enterro de Braguinha serão em Portugal.
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