As carteiras digitais – e-wallets ou digital wallets – estão assumindo cada vez mais o posto de preferência como forma de pagamento em comparação com outras formas de transação financeira. Não são novidade, mas têm ganhado mais funcionalidades e também a confiança dos brasileiros, ainda mais com a crescente utilização de pagamento online. Pesquisas estimam que, até o ano que vem, quase 30% de todos os pagamentos no País sejam através de carteiras digitais.
Essas soluções vieram para se adaptar aos novos hábitos de consumo, além de fomentar os negócios. Atualmente existe variedade no mercado. Além dos mais conhecidos Google Pay, Samsung Pay e Apple Pay, o Paypal e o PagBank estão operando há bastante tempo. O Mercado Pago tem atualizado sempre novas funcionalidades. Picpay e Ame Digital oferecem atrativos de ofertas, assim como outras carteiras mais recentes.
Segundo um levantamento do Bank of America, foram feitos 17,860 milhões de downloads de aplicativos de bancos digitais e carteiras no último mês de setembro no Brasil. Um aumento de 24% na comparação com o mesmo período de 2020. Entre as carteiras mais baixadas: PicPay, com 1,562 milhão de downloads, e PagBank, com 1,204 milhão. O mesmo estudo aponta que o Mercado Pago possui 14,985 milhões de usuários ativos mensais; Ame Digital, 14,302 milhões; e PicPay, 10,422 milhões.
Mas o que é uma carteira digital? É um método via aplicativo de celular para pagar de maneira instantânea e sem necessitar tirar a carteira ou cartão do bolso. Se antes a inovação eram os cartões físicos em substituição ao dinheiro em espécie, agora utilizar o smartphone, um relógio ou pulseira tecnológica é a realidade. Não tem custo para se cadastrar. Esses meios virtuais são aceitos tanto em lojas físicas quanto online, para pagamentos ou transferências. Operam priorizando segurança, facilidade e sigilo.
De maneira segura, armazenam dados e possibilitam transações de forma criptografada. As carteiras digitais funcionam de três formas: com tecnologia NFC, que significa comunicação de campo próximo para pagamento através de leitor, sem contato; uso de QR Code, bastante difundido; e baseadas apenas em uso de internet, sendo que o usuário cadastra cartões ou contas de débitos, ou mesmo faz uma carga de crédito, para ir debitando ou utilizando à medida que realiza pagamentos online.
Como meio de pagamento, as carteiras digitais já há algum tempo facilitam a vida dos usuários, especialmente em transações virtuais internacionais ou em plataformas que também operam de forma totalmente digital, como por exemplo no caso de jogos e apostas em cassino online. Para muitos, acabam sendo a melhor opção pela rapidez do pagamento ou depósito, assim como taxas mais atrativas em comparação com outras modalidades de pagamento.
A diferença em relação aos bancos digitais é que são vários serviços tecnológicos integrados disponíveis e dispensam necessidade de cartões de débito ou crédito. Além do app no smartphone, algumas carteiras possibilitam acesso pelo computador. O usuário não precisa compartilhar seus dados para realizar uma compra ou transferência. Dependendo do tipo de transação, também não existem taxas. Outra vantagem é que essas carteiras oferecem benefícios e oportunidades, como promoções e cashback. A inovação internacional, em algumas, é aceitação de créditos em criptomoedas.
Ou seja, existem mais benefícios nas carteiras digitais do que acessar a conta do banco tradicional pelo aplicativo, ou simplesmente ter uma conta digital. Porém, como já é uma tendência no Brasil e no mundo todo, as instituições têm possibilitado integração, compatibilidade e como diferenciais dos apps dos bancos. É o caso, por exemplo, do Itaú, que já oferece uma solução específica, e do Nubank, que recentemente anunciou a disponibilização aos clientes de pagamento por Apple Pay.