Um estudo coordenado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Laboratório Nacional de Ciência da Computação (LNCC) concluiu que há uma nova linhagem do novo coronavírus em circulação no Rio de Janeiro.
De acordo com o trabalho, que ainda carece de revisão científica, a cepa recém-descoberta, identificada em pacientes da capital carioca e algumas cidades vizinhas, se caracteriza pela presença de cinco mutações, mas não há indícios de uma maior agressividade ou transmissibilidade em relação às outras variantes, nem evidências de resistência contra as vacinas em desenvolvimento.
Em entrevista ao jornal “O Globo”, cientistas envolvidos na pesquisa afirmaram que “não há motivo para pânico”. “Vírus estão sujeitos a mutações. A identificação dessa linhagem mostra que devemos intensificar a testagem e a vigilância genética. A descoberta também evidencia a importância das medidas de distanciamento social e o uso de máscara”, explicou Amilcar Tanuri.
A descoberta foi comunicada ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Saúde do Estado do Rio, que deverão se unir nas investigações sobre a nova linhagem, originária da subespécie B.1.1.28 – já circulante no Brasil desde o início do ano.