O Tribunal de Contas da União (TCU) recebeu, nesta terça-feira (26), uma representação movida pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) para investigar a Presidência da República pelos gastos do Poder Executivo com alimentos. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
A ação ocorre em seguida à grande repercussão de uma matéria publicada pelo portal Metrópoles e reproduzida por vários outros veículos, segundo a qual os órgãos do Executivo teriam somado mais de R$ 1,8 bilhão em despesas alimentícias em 2020 – um aumento de 20% na comparação com o ano anterior.
A matéria chamou atenção especialmente pelos altos valores que teriam sido destinados pelo governo à aquisição em larga escala de itens considerados supérfluos, como chiclete, pizza, refrigerante e leite condensado. Este último, a propósito, se tornou um dos termos mais buscados e citados da internet brasileira nesta tarde, em meio a críticas e memes compartilhados nas redes sociais.
“Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos apontado pelas matérias é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados”, afirmam os parlamentares na representação.
Utilizado como base dos dados revelados na publicação, o Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia informa que os produtos adquiridos são destinados a abastecer instâncias em todo o país, incluindo bases militares, prefeituras e hospitais universitários. Consultado pelo Metrópoles, o Ministério declarou que “toda despesa efetuada pela Administração Pública Federal está dentro do orçamento”.