O noticiário econômico das últimas semanas preocupou muitos investidores do mercado de ativos digitais. Somente entre os dias 5 e 12 de maio, o valor de mercado das criptomoedas despencou 36% e, no auge da correção, o Bitcoin atingiu o assustador patamar dos 25.500 dólares – menor nível registrado em 17 meses. Outras criptomoedas também desabaram, com quedas que chegaram até 62% em um curto espaço de tempo.
No entanto, absorvida a forte oscilação, é vital que os investidores avaliem com cautela esse ambiente, que ganha cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo e se consolida como um grande pilar do mercado financeiro nos cenários interno e externo.
Pesquisa recente da Capco, consultoria global de gestão e tecnologia dedicada ao setor de serviços financeiros do Grupo Wipro, revela que a capitalização do mercado de criptomoedas deve chegar a US$ 24 trilhões até 2027. O estudo corrobora a visão de muitos analistas que reforçam a confiança e a importância desse segmento para a economia.
Assim como em muitos nichos econômicos, há players e ofertas variadas. Cada projeto está ancorado em pilares específicos. Mas quando essas fortalezas não são consistentes e sustentáveis, passada a euforia do mercado, as chances de insucesso – e oscilações – tendem a aumentar. Afinal, projetos vazios não se sustentam.
Hoje, nesse mercado de ativos digitais, há projetos que estão ancorados em pilares sustentáveis e permitem ao investidor, por exemplo, não depender unicamente de especulação de mercado para ver seu ativo se valorizar.
Antes de entrar ou aumentar sua participação nessa seara, é vital que os investidores avaliem três pilares fundamentais: o primeiro é verificar se há integração de canais digitais e físicos para esse investimento, ou seja, se o ativo está unicamente no ambiente online e, caso esteja, se há atrativos suficientes para que ele se mantenha em uma trajetória de valorização no curto, médio e longo prazo. Muitos investidores, hoje em dia, optam por investir em ativos digitais que tenham sinergias com outras frentes, e estejam interligadas aos consumidores em geral.
Após essa etapa, o segundo passo é verificar a transparência desse ativo, principalmente dos idealizadores dos projetos. Fuja do anonimato. E, por fim, ter a consciência de que cada ativo possui suas particularidades e devem ser avaliados unicamente – como ocorre no mercado de ações. Hoje, há no mercado uma gama variada de ofertas, inclusive opções que estão interligadas com programas de fidelidade, banco digital e Exchange. Quanto mais fundeado em outras frentes, menos risco e mais segurança ao investidor.
* Gustavo Frachia é sócio da Fidelis Club.