A duas semanas do Dia das Mães, viralizou pelas redes sociais uma tocante história pessoal envolvendo a presença afetiva de uma popular marca de cosméticos nos laços familiares entre mãe e filho.
Em relato no Instagram, a advogada Karyne Leão revelou ter flagrado, no dia 19 de março, a pintora Wanda Terra, sogra de sua irmã, chorando em casa, na cidade de Angra dos Reis (RJ), enquanto segurava um vidro quase vazio de Annete, fragrância de O Boticário. “Esse perfume era o favorito do meu filho, eu só usava quando ele vinha me visitar, ele dizia que esse perfume tinha ‘cheiro de mãe'”, disse a senhora de 76 anos, ao ser questionada sobre a cena. Seu filho, o técnico Alexandre Terra, havia falecido 15 dias antes, aos 46 anos, em decorrência da Covid-19, deixando esposa e uma filha de 15 anos.
Comovida, Karyne decidiu comprar novos frascos de Annete, mas descobriu que o produto não era mais fabricado. A advogada buscou, então, contatar O Boticário pelas redes sociais e fazer um apelo à companhia: “Volte a fabricar esse perfume, nem que seja uma edição limitada, preciso comprar o perfume pra essa mãe sentir o seu filho amado um pouco mais perto”.
A resposta veio do próprio fundador da empresa, Miguel Krigsner, em uma carta escrita a mão. “Querida Dona Wanda, tomamos conhecimento do significado que esse perfume Annete tem nas suas memórias. Resolvemos, com o apoio da nossa equipe de fábrica, fazer algumas unidades desta fragrância, especialmente pra você”, prometeu o empresário, revelando que a história de criação do produto também envolve laços de família: “Queria te contar que Anette é a minha primeira filha e que o perfume foi criado por ocasião do seu nascimento”.
As unidades especiais da fragrância serão personalizadas com o nome de Wanda. Em entrevista ao site Universa, do portal UOL, a pintora se disse “muito agradecida de ver uma empresa como O Boticário se sensibilizar com uma história de uma mãe que mora no interior do Rio , em uma casinha simples”.
“Desde que foi lançado, nos anos 1970, eu uso esse perfume. Meu filho amava o cheiro! Ele me abraçava, me beijava e dizia ‘esse perfume tem cheiro de mãe’. Quando eles pararam de fabricar, eu queria comprar e não conseguia mais, então eu fui guardando o perfume e só usava um pouquinho no dia que meu filho vinha me visitar, porque ele morava em Niterói”, explicou Wanda.
(com informações de Glamour e Universa)