Um estudo publicado neste mês pela Academia de Ciências Nacionais dos Estados Unidos (NAS, na sigla em inglês) indica que um meteorito encontrado na região argeliana do deserto do Saara, em maio do ano passado, pode ser o resquício espacial mais antigo já identificado pela humanidade.
Batizado de EC 002 (em referência a Erg Chech, local onde foi coletado), o fragmento de 32 quilos apresenta em sua composição cristais de piroxênio, como magnésio e alumínio, diferentemente da maioria dos meteoritos identificados em solo terrestre, formados a partir de poeira e pedaços de rochas. Após uma análise dos minerais que o integram, os pesquisadores calcularam que o EC 002 tem cerca de 4,6 bilhões de anos, 20 milhões a mais que nosso planeta – o que faz dele a rocha mais antiga já vista pelo homem.
De acordo com o estudo, o EC 002 seria um pedaço de um dos primeiros protoplanetas do Sistema Solar, ou seja, matérias que constituíram o estágio inicial de uma formação planetária sem terem chegado a originar um planeta. “Nenhum asteroide compartilha as características espectrais do EC 002, indicando que quase todos esses corpos desapareceram, seja porque passaram a formar os blocos de construção de corpos ou planetas maiores ou simplesmente foram destruídos”, destaca um trecho do estudo, segundo o site Tilt.
Os cientistas seguirão estudando o EC 002 em busca de novas descobertas sobre o surgimento dos planetas e as origens do Sistema Solar.