O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (11) uma nova série de medidas restritivas para conter o agravamento da Covid-19 no estado, que corre risco de colapso em seu sistema de saúde. Entre as regras que caracterizam a fase emergencial, válidas da próxima segunda-feira (15) ao dia 30, estão o toque de recolher das 20h às 5h e a proibição de cultos religiosos, aulas presenciais da rede pública estadual e eventos esportivos profissionais – como os jogos de futebol que vinham sendo realizados como parte do Campeonato Paulista.
Também passará a ser obrigatório o trabalho por home office para todas as atividades administrativas não essenciais e os serviços comerciais de retirada presencial serão suspensos, mas seguirão permitidas as modalidades delivery e drive-thru (entre 5h e 20h). Lojas de material de construção, que estavam liberadas como atividade essencial, também deverão ser fechadas. Será proibida ainda a circulação de pessoas em praias e parques em todo o estado.
“Chegamos ao momento mais crítico da pandemia. Mesmo com todos os esforços, estamos chegando ao limite máximo de ocupação [de leitos nos hospitais]”, declarou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “Não é fácil tomar essa decisão, uma decisão impopular, difícil, dura. Nenhum governante gosta de parar atividades econômicas de seu estado, mas só há duas alternativas para controlar o contágio pelo vírus neste momento: a vacina e o distanciamento social”, ressaltou.
Segundo o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, 53 das 645 cidades paulistas já chegaram a 100% de ocupação de leitos nos hospitais. O total de internados com Covid-19 em quadro grave atingiu hoje o recorde de 9.184 pessoas nas instituições do estado.