A Justiça italiana confirmou, nesta quinta-feira (9), que Robinho deverá cumprir nove anos de prisão por envolvimento no estupro coletivo de uma mulher albanesa. A decisão da Corte de Apelação de Milão, em segunda instância, mantém a sentença decretada na primeira instância e se estende a Ricardo Falco, amigo do jogador brasileiro, julgado no mesmo processo.
Robinho e Falco, assim, permanecem condenados pelas acusações de abuso sexual contra uma jovem entre os dias 22 e 23 de janeiro de 2013, em uma boate em Milão, na época em que o atleta jogava pelo Milan. De acordo com as investigações, a vítima, que festejava seu aniversário de 23 anos, estava profundamente alcoolizada quando foi submetida a relações sexuais não consentidas com Robinho, Falco e outros quatro brasileiros – que não foram notificados pelas autoridades da Itália por não estarem no país quando as apurações do caso foram concluídas; todos estão sendo investigados, porém, em outro processo.
Em sua defesa, Robinho afirmou que os atos foram praticados com o consenso da mulher, e não há provas de que ela estaria em condições de inferioridade física ou psíquica na ocasião. Os advogados do jogador entrarão com pedido de recurso na terceira instância da Justiça italiana.
Com a condenação desta quinta, o tribunal poderia solicitar a prisão de Robinho antes do julgamento final, mas como o Brasil, onde mora atualmente o jogador, não extradita seus cidadãos, a Justiça da Itália teria de enviar um mandado internacional ao Estado brasileiro para detê-lo.