Dois dos mais típicos alimentos da mesa tradicional brasileira, já afetados por aumentos de preços desde o ano passado em meio à inflação, poderão ficar ainda mais caros. O arroz e o feijão terão seus espaços de cultivo reduzidos no país devido à expansão das áreas de soja e milho para a safra 2021/22.
De acordo com a coluna de Mauro Zafalon, no jornal “Folha de S. Paulo”, estimativas do mercado indicam que estas duas culturas, com alta rentabilidade no momento, crescerão juntas 3,7 milhões de hectares: a soja avançará para um total de 40,3 milhões de hectares, enquanto o milho, que vinha perdendo área durante o verão, voltará a se expandir no período, chegando a 22 milhões.
Assim, para manter uma oferta que atenda adequadamente aos consumidores brasileiros, o arroz e o feijão dependerão de um bom clima para uma boa produtividade, ou será preciso importá-los, o que implicará em novos custos por causa do dólar em alta.
Ainda segundo a coluna de Zafalon, a cana-de-açúcar também terá parte de sua área ocupada por soja e milho neste verão.
(com Folha de S. Paulo)