Programada para esta segunda-feira (1º) sob a liderança de entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e a Associação Nacional do Transporte Autônomo do Brasil (ANTB), a greve dos caminhoneiros não se concretizou, até o momento, em uma grande mobilização pelo país. Foram registradas ações isoladas de bloqueio de estradas em Estados como São Paulo, Goiás, Bahia e Rio Grande do Norte, mas todas se dispersaram ao longo do dia e nesta terça-feira (2), segundo o Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o tráfego nas rodovias federais apresenta fluxo normal.
Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, contudo, o presidente da ANTB, José Roberto Stringasci, afirmou que as manifestações ainda devem crescer nos próximos dias. “Creio que até o fim da semana a gente já tenha um bom volume de caminhões parados em todo o Brasil”, avaliou. “A paralisação continuará até que o governo Bolsonaro atenda à pauta de reivindicações da categoria”, declarou em nota Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS) e vice-presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
Ante a baixa adesão à paralisação até o momento, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, classificou o movimento como “fracassado”. “A greve fracassou e fez água. Conversamos muito com os caminheiros e, desde o início, a gente já dizia que essa greve não ia voar”, disse Freitas ao “Estadão”, acrescentando, porém, que o governo federal não deixará de considerar as reivindicações da categoria, como a redução de impostos sobre o diesel: “Não é porque a greve não prosperou que vamos abandonar a agenda, mas precisamos estudar”.
Nas redes sociais, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também prometeu que o Executivo buscará, “junto à área econômica, recursos legais para reduzir despesas que recaem sobre esses abnegados trabalhadores, essenciais ao dia a dia do país”.