Nesta segunda-feira (1º), o Brasil conheceu os novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, em um movimentado dia de eleições internas no Congresso Nacional, em Brasília.
Por 57 votos a 21, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) derrotou a concorrente Simone Tebet (MDB-RS) para suceder Davi Alcolumbre (DEM-AP) na presidência do Senado pelos próximos dois anos. Com apoio de Alcolumbre e do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), Pacheco confirmou seu favoritismo no pleito após ter construído uma rede de alianças unindo nove partidos, entre governistas e opositores – DEM, PT, PP, PL, PSD, PSC, PDT, Pros e Republicanos.
Em discurso no plenário, Pacheco defendeu que o Senado deve “atuar com vistas no trinômio saúde pública, desenvolvimento social e crescimento econômico, com o objetivo de preservar vidas humanas, socorrer os mais vulneráveis, gerar emprego e renda”. Argumentou também que as reformas tributária e administrativa “deverão ser enfrentadas com urgência, mas sem atropelo”, e garantiu que sua gestão prezará a independência em relação aos demais Poderes: “Não haverá nenhum tipo de influência externa capaz de influenciar a vontade livre e autônoma dos senadores”.
Completando uma dupla vitória para o governo no Legislativo, outro candidato endossado por Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), venceu a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados em primeiro turno, com 302 votos contra 145 do segundo colocado, Baleia Rossi (MDB-SP) – apoiado pelo agora ex-presidente da Casa Legislativa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Líder do bloco de partidos do chamado Centrão, Lira conquistou o cargo com a aliança de 11 siglas: PP, PL, PSD, Republicanos, Avante, PROS, Patriota, PSC, PTB, PSL e Podemos. Em seu primeiro discurso como presidente da Câmara até 2023, ele anunciou que pretende articular com Pacheco a votação de uma “pauta emergencial”. “Precisamos urgentemente amparar os brasileiros que estão em caso de desespero econômico; analisar como fortalecer nossa rede de proteção social; vacinar, vacinar e vacinar a população; e buscar o equilíbrio das contas públicas”, declarou.