O cibercrime não é algo novo, mas a aceleração digital provocada pela pandemia da Covid-19 e o consequente aumento do trabalho remoto deixou as empresas mais vulneráveis aos ataques de hackers, que demonstram cada vez mais preparo, astúcia e profissionalismo.
Segundo levantamento da empresa de cibersegurança Trend Micro, os segmentos mais atingidos em todo o mundo, em 2019 e 2020, foram os de manufatura, governo, educação e saúde, nesta ordem, sendo que esses quatro setores registraram, apenas no ano passado, mais de mais de 1.463.000 detecções.
No Brasil, o alvo principal dos cibercriminosos é o governo, segmento que lidera o ranking nacional nos últimos dois anos, com 40% dos ataques em 2019 e 35,3% das ameaças bloqueadas em 2020 – mais do que o triplo de detecções em relação ao segundo colocado. Confira na tabela:
Só neste ano, de janeiro a maio, a Trend Micro contabilizou quase 5,5 milhões de empresas atacadas entre aquelas que utilizam suas plataformas pelo mundo, com a permanência da liderança da área de manufatura, no cenário global (20,6%), e de governo, no Brasil (35,7%).
Covid-19
Os golpes relacionados à Covid-19 também se proliferaram e os temas sobre a vacinação serviram de isca para os cibercrimes. Foram detectadas, em 2020, mais de 16 milhões de ameaças relacionadas à pandemia, sendo que quase 90% foram de spams maliciosos. Mais de 60% dessas ameaças tiveram como origem Estados Unidos, Alemanha e França.