Nesta quinta-feira (17), um grupo formado por procuradores-gerais de 38 estados norte-americanos anunciou a abertura de um processo judicial contra o Google, sob acusação de que a empresa de tecnologia estaria adotando práticas anticompetitivas para manter seu monopólio no mercado de mecanismos de busca e publicidade na internet.
Essa é a terceira ação que denuncia conduta ilegal por parte do Google em menos de dois meses; a primeira foi instaurado em outubro, pelo Departamento de Justiça dos EUA, e a segunda, na última quarta-feira (16), por dez estados norte-americanos.
Entre os comportamentos anticompetitivos listados no novo processo, estão a assinatura de contratos de exclusividade com fabricantes de celulares para estabelecer seu sistema de buscas como padrão nos aparelhos; conduta discriminatória para privilegiar seus próprios produtos nos resultados de seu sistema; e a impossibilidade de anunciantes integrarem os recursos do Google com aqueles de buscadores concorrentes. As autoridades também alegam que a companhia explorou sua posição para acumular cada vez mais dados da população dos EUA através de ferramentas como assistentes de voz e carros conectados.
“As aquisições do Google e o controle de grandes quantidades de dados obtidas por meio da falta de escolhas dos consumidores fortaleceu os monopólios do Google e criou novas barreiras para a competição”, afirma o grupo de procuradores-gerais em nota. Além de pedir que a empresa abandone tais práticas e restaure um mercado competitivo, eles esperam que a Justiça desfaça as vantagens que ela obteve por meio de seu comportamento ilegal, incluindo a venda de ativos.