Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) deram um passo inédito na paleontologia. Eles foram os primeiros a encontrar restos de parasitas dentro do fóssil de um hospedeiro. Através de uma biópsia realizada na ossada de um titanossauro, eles localizaram cerca de 70 microorganismos preservados. Agora tentam descobrir se esses bichos microscópicos foram os responsáveis pela osteomielite aguda (infecção óssea que atinge inclusive humanos até hoje) identificada no dinossauro. O avanço da pesquisa pode ajudar no tratamento dessa e outras doenças atuais.
Geralmente, os estudos de fósseis é feito a olho nu ou, no máximo, com algumas radiografias. No entanto, intrigados com as lesões existentes na ossada encontrada, os pesquisadores resolveram fazer uma biópsia no material. E aí veio a surpresa: dezenas de micro fósseis dentro do osso estudado. Para se ter uma ideia do nível de detalhe da averiguação, os materiais foram localizados dentro de canais vasculares.
Os registros anteriores de microorganismos desse tipo ou similares só foram feitos em âmbares (resina de origem vegetal geralmente encontrada em escavações) ou fezes fossilizadas.
Os pesquisadores brasileiros também encontraram bactérias na ossada do titanossauro. Por isso serão necessários estudos mais aprofundados para confirmar a relação entre os microorganismos e a doença identificada.
Os resultados da pesquisa podem ajudar no tratamento de doenças que existem atualmente.
Veja mais detalhes na reportagem do G1.