A Sputnik V, vacina desenvolvida pelo instituto russo Gamaleya contra o novo coronavírus, demonstra 91,6% de eficácia contra ocorrências sintomáticas da doença, de acordo com resultados preliminares publicados nesta terça-feira (2) pela revista científica “The Lancet”. As informações são da Agência Brasil e do portal G1.
“O desenvolvimento da Sputnik V foi criticado pela sua precipitação inadequada, por ter saltado etapas e pela falta de transparência, mas os resultados são claros e o princípio científico dessa vacinação está demonstrado, o que significa que outra vacina pode ser acrescentada à luta contra a Covid-19”, avaliam os cientistas britânicos Ian Jones e Polly Roy, que validaram o estudo apresentado na publicação, referente à análise dos dados da fase de testes do imunizante.
A pesquisa, que envolveu cerca de 20 mil voluntários entre setembro e novembro, também atestou eficácia de 100% contra casos moderados ou graves da infecção e não registrou nenhum efeito colateral sério associado à vacina. Além disso, uma subanálise com 2 mil pessoas de mais de 60 anos também apontou eficácia de 91,8% da fórmula entre os idosos.
Em comunicado, “The Lancet” explica que ainda são necessárias mais pesquisas para determinar quão eficaz é o imunizante em casos assintomáticos, já que, segundo os autores do estudo, só foram feitos testes de PCR “quando os participantes declararam ter sintomas de Covid-19”.
Sendo confirmados por análise conclusiva, os resultados colocarão a Sputnik V entre as três vacinas mais eficazes do mundo contra o novo coronavírus, ao lado das norte-americanas Pfizer/BioNTech, com 95%, e Moderna, com 94,5%.