O resort Whistler Blackcomb, conhecido destino internacional para prática de esquiagem na província canadense da Colúmbia Britânica, foi fechado no final do mês passado depois de o governo local tê-lo identificado como fonte do maior surto de contaminação pela variante P1 da Covid-19 fora do Brasil.
De acordo com testes e rastreamentos realizados pelas autoridades de saúde da Colúmbia Britânica, a cepa, originalmente identificada em Manaus (AM), se difundiu pela região a partir do resort, onde estiveram presentes cerca de 200 das 877 pessoas infectadas pela P1 na província.
O governo canadense ainda não sabe como a variante brasileira chegou ao país. Segundo o jornal britânico “The Guardian”, nenhuma das 84 pessoas inicialmente sinalizadas como infectadas pela cepa no resort tem registro de viagem para fora do Canadá, mas um dos aspectos que devem ter contribuído para o surto local, além do atraso das autoridades da província em fomentar o monitoramento das variantes da Covid-19, é o fato de hóspedes de diferentes origens costumeiramente dividirem um mesmo espaço alugado, com casos de até oito viajantes compartilhando um único lugar.
Além de ter afetado principalmente funcionários do Whistler Blackcomb, o alastramento local da P1 é apontado como responsável pela contaminação de 21 jogadores do time de hóquei profissional Canucks, de Vancouver.
Atualmente, o Canadá enfrenta um aumento no número de casos do novo coronavírus, impulsionado também pela disseminação da variante B117, conhecida como a cepa britânica.