Em pronunciamento transmitido por rádio e TV nesta quarta-feira (6), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou que o governo federal está preparado “em termos financeiros, organizacionais e logísticos” para iniciar a campanha de vacinação contra o novo coronavírus no Brasil.
Além de assegurar que o país já dispõe de 354 milhões de doses para 2021 – sendo 254 milhões do imunizante desenvolvido pela parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o laboratório sueco AstraZeneca e a Universidade de Oxford, e 100 milhões daquele produzido pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac -, Pazuello adiantou que as administrações locais contam atualmente com cerca de 60 milhões de agulhas e seringas, “número suficiente para iniciar a vacinação da população ainda neste mês de janeiro.” “Todos os Estados e municípios receberão a vacina de forma simultânea, igualitária e proporcional à sua população”, acrescentou o ministro, que já havia estimado o começo do programa para o próximo dia 20.
Representantes dos dois imunizantes citados devem solicitar nos próximos dias à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sua aprovação para uso emergencial no Brasil, enquanto o Ministério da Saúde negocia a aquisição de novas vacinas com outros fabricantes – o Instituto Gamaleya (Rússia), Janssen, Pfizer e Moderna (EUA) e Barat Biotech (Índia).
Quanto ao fornecimento de mais agulhas e seringas para a campanha, Pazuello informou que o governo ainda receberá 8 milhões desses insumos pela Organização Panamericana de Saúde (Opas) em fevereiro, além de outros 30 milhões solicitados à Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo).
Na ocasião, o ministro também anunciou a edição de uma medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro para tratar de ações excepcionais voltadas ao programa de vacinação, incluindo a possibilidade de se firmar contratos com dispensa de licitação para a aquisição de novas doses e insumos, assim como de importar e distribuir materiais ainda não autorizados pela Anvisa, contanto que o tenham sido por pelo menos uma agência sanitária dos EUA, União Europeia, Reino Unido, Japão ou China.