Quem utiliza as redes sociais já está acostumado com o selo de verificação que aparece ao lado de certas contas — como de artistas, autoridades, além de algumas pessoas, empresas e instituições. Esses selos são concedidos de forma criteriosa pelas plataformas, de modo a garantir uma maior credibilidade aos perfis.
No entanto, esses selos vêm se transformando em objetos de uma prática duvidosa: o comércio clandestino de contas verificadas. O administrador e empresário digital Matheus Celtic explicou que esses perfis acabaram se tornando valiosos na internet e são cobiçados, principalmente, por pessoas mal-intencionadas.
O Twitter e o Instagram são as duas redes sociais mais visadas para o comércio clandestino de contas verificadas. As regras de uso dos dois sites não autorizam esse tipo de compra; a obtenção regular dos selos de verificação se dá, exclusivamente, através do preenchimento de um formulário de requisição dentro das plataformas. Os dados são analisados pelas equipes dos sites, que decidem se o perfil tem relevância ou não para receber a marca.
Porém, segundo Matheus Celtic, o comércio clandestino permite que um usuário adquira a conta sem passar por essa análise.
O administrador e empresário digital disse que a natureza dinâmica das redes sociais dificulta a identificação desse comércio clandestino de contas verificadas. Mas, segundo ele, já existem novas soluções tecnológicas que podem ser aproveitadas pelas plataformas para coibir essa prática.
Procurada, a Meta — empresa que administra o Instagram e o Facebook — informou que realiza varreduras regulares nas plataformas para remover pessoas mal intencionadas.
Já o Twitter ressaltou que quem comercializa contas na rede social, verificadas ou não, está sujeito à suspensão permanente da plataforma.
Por Daniel Ito – Repórter da Rádio Nacional – Brasília
Edição: Bianca Paiva/ Beatriz Arcoverde
Foto: iStockPhoto