Cientistas dos EUA e Bolívia estão investigando a transmissão entre humanos de um vírus raro identificado no país latino-americano. O patógeno é agressivo e provoca febre hemorrágica muito parecida com dengue e ebola, o que dificulta o diagnóstico e pode ter levado a notificações erradas no país. Em 2004, um surto localizado provocado pelo mesmo agente foi identificado na região do Chapare.
Agora, três pessoas infectadas morreram (um paciente e dois profissionais de saúde). A grande preocupação dos cientistas é entender se alguma mutação do vírus pode ter se tornado mais transmissíveis entre humanos, já que esse tipo de patógeno é mais comum em animais silvestres.
O “vírus chapare”, como tem sido chamado, é um vírus zoonótico (presente em animais), como o novo coronavírus. Mas os cientistas acreditam que, pelos dados obtidos até agora, seja bem menos transmissível que o responsável pela covid-19.
Há a preocupação, no entanto, de que o vírus se espalhe, como ocorreu com o da dengue. O patógeno é relativamente novo, foi identificado pela primeira vez em 2008, na região do Chapare, na Bolívia. Desde então, todas as notificações feitas vinham de lá. Mas os novos casos identificados ocorreram a 500km de distância.
Não há ainda dados precisos sobre a forma de transmissão, se pelo ar, pelo contato com fluidos ou se por meio de algum vetor, como mosquitos.