De acordo com levantamento divulgado na última sexta-feira (5) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo médio da cesta básica de alimentos no Brasil já chega a superar os R$ 700. O valor foi identificado em Florianópolis, que lidera o ranking dos maiores preços entre as 17 capitais pesquisadas.
No estudo realizado em setembro, a cesta mais cara era a de São Paulo, com R$ 673,45. Segundo o Dieese, o valor na capital paulista, agora a segunda colocada do ranking, pulou para R$ 693,79.
Batata, tomate, açúcar, pó de café e óleo de soja estão entre os itens que mais encareceram de setembro para outubro.
Ao longo de um ano, os maiores aumentos de preço da cesta básica foram registrados em Brasília (31,65%), Campo Grande (25,62%) e Curitiba (22,79%), e apenas Recife não observou alta do mês retrasado para o passado, mas uma queda de 0,87%.
Ainda de acordo com o Dieese, na média entre as capitais o valor da cesta abocanha 58,35% do salário mínimo líquido (após desconto de 7,5% referente à Previdência Social) para famílias de baixa renda, ultrapassando os 60% em algumas das cidades.
Considerando a cesta mais cara da lista e uma família de dois adultos e duas crianças, o órgão calcula que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 5.886,50, equivalente a 5,35 vezes o piso nacional atual, de R$ 1.100.
Confira o ranking das 17 capitais pesquisadas conforme os preços da cesta básica de alimentos:
1) Florianópolis (SC) – R$ 700,69
2) São Paulo (SP) – R$ 693,79
3) Porto Alegre (RS) – R$ 691,00
4) Rio de Janeiro (RJ) – R$ 673,85
5) Vitória (ES) – R$ 670,99
6) Campo Grande (MS) – R$ 653,40
7) Brasília (DF) – R$ 644,09
8) Curitiba (PR) – R$ 639,89
9) Belo Horizonte (MG) – R$ 598,79
10) Goiânia (GO) – R$ 591,78
11) Fortaleza (CE) – R$ 563,96
12) Belém (PA) – R$ 538,44
13) Natal (RN) – R$ 504,66
14) João Pessoa (PB) – R$ 491,12
15) Salvador (BA) – R$ 487,59
16) Recife (PE) – R$ 485,26
17) Aracaju (SE) – R$ 464,17
(com g1)