A rede social Parler, muito utilizada por radicais simpatizantes de Donald Trump, voltou ao ar após ter seu contrato de hospedagem cancelado pela Amazon – uma reação da big tech à ligação entre a plataforma e os trumpistas que atacaram o Congresso dos Estados Unidos no início do mês para impedir a certificação de Joe Biden como novo presidente eleito do país.
De acordo com a agência de notícias Reuters, os responsáveis pelo Parler estão retomando suas operações em um site com domínio registrado pela Epik, empresa já conhecida por hospedar conteúdos voltados a usuários conservadores e de extrema-direita, como a rede social Gab e o Infowars.
Até o momento, porém, a página dispõe somente de postagens de John Matze, CEO do Parler, e da diretora de políticas de uso da plataforma, Amy Peikoff, além do comentarista político Dan Bongino. Ainda não é possível aos usuários publicar novas mensagens ou acompanhar discussões, e o aplicativo do serviço permanece indisponível nas lojas online da Apple, Google e Amazon, que também o acusaram de não manter práticas de moderação mais rígidas contra discursos que encorajam estupro, assassinato, tortura e outras formas de violência.
“Nosso retorno é inevitável graças ao trabalho duro e persistência contra todas as apostas. Apesar das ameaças e abusos, nenhum funcionário do Parler pediu demissão. Estamos nos aproximando e nos fortalecendo como um time”, escreveu Matze, em uma das publicações no novo endereço virtual da empresa.