O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou nesta quinta-feira (11), durante entrevista coletiva em Alcântara (MA), onde participou de uma cerimônia para entrega de títulos de propriedade rural, que o auxílio emergencial deve voltar a ser pago em março, com duração prevista de três a quatro meses.
“Com toda a certeza, a partir… com toda a certeza, pode não ser, a partir de março. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”, afirmou Bolsonaro, sem especificar o valor do benefício, instituído no ano passado como forma de conter a crise econômica decorrente da pandemia da Covid-19 entre a população mais pobre e os trabalhadores informais.
De acordo com o jornal “Valor Econômico”, a equipe econômica do governo projeta que o valor do novo auxílio será de R$ 200, mas a cifra ainda depende de negociações com o Congresso Nacional, que precisa aprovar a instituição da medida por projeto de lei. Em 2020, o benefício, que contemplou 67 milhões de pessoas, foi aplicado inicialmente com parcelas mensais de R$ 600 ou R$ 1,2 mil (para o caso de mães chefes de família), estendendo-se até o mês passado com pagamentos de R$ 300 (R$ 600 para o caso de mães chefes de família).
Bolsonaro argumentou, contudo, que apesar da renovação do auxílio sua manutenção por prazo indefinido seria inviável: “O nome é emergencial; não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E sabemos que o povo quer é trabalho”.