Nesta terça-feira (15) um novo capítulo na queda de braço entre liberais e desenvolvimentistas do governo federal veio à tona. Depois de o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, ter dito em entrevista a veículos do grupo Globo que a equipe econômica havia chegado a estudar o congelamento de aposentadorias e pensões, o presidente Jair Bolsonaro veio a público colocar uma pá de cal no assunto. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele disse que ninguém no seu time está autorizado a falar em Renda Brasil, o projeto que unificaria benefícios sociais e sucederia o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família.
Desde que foi apresentado, o projeto do Renda Brasil tem alimentado disputas internas no governo. De um lado, a equipe econômica, de orientação liberal, pretendia fazer cortes em alguns programas para unificar o pagamento em um só. O problema é que as possibilidades aventadas mexiam em pontos delicados, como aposentadorias e até mesmo o seguro-desemprego.
Com a popularidade em alta, puxada por uma melhoria em sua avaliação junto às camadas mais pobres da população, o presidente não topou o risco de mexer em áreas que afetam diretamente esse grupo. Ele já havia rejeitado a proposta inicial apresentada pela equipe econômica para o Renda Brasil. E agora foi taxativo: “até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”.
Como ficam, então o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família?
Pelo menos até segunda ordem, nada muda. O Bolsa Família segue como está e o Auxílio Emergencial seguirá o cronograma já aprovado, com a extensão dos pagamentos até dezembro, mas com valor reduzido para R$ 300.
Você tem direito ao auxílio?
Qualquer cidadão maior de 18 anos ou mães com menos de 18 que se encaixem nos critérios a seguir podem solicitar:
- Esteja desempregado ou exerça atividade na condição de microempreendedor individual (MEI), contribuinte individual da Previdência Social ou trabalhador informal;
- Pertença a família cuja renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo (R$ 522,50) ou cuja renda familiar total seja de até 3 salários mínimos (R$ 3.135,00).
Como receber o Auxílio Emergencial
Segundo o informações do governo, quem atende às regras do Auxílio, já está cadastrado no Cadastro Único (CadÚnico) ou recebe Bolsa Família receberá o benefício automaticamente, sem precisar se cadastrar. As demais devem se cadastrar no site ou no aplicativo do programa.
Para ver o calendário e demais informações, acesse o site da Caixa.