A maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin (BTC), tem tido um início de semana de forte retração. Após registrar a maior queda em valores absolutos de sua história nesta segunda-feira (22), quando perdeu mais de US$ 10 mil – despencando de US$ 58.332, seu maior preço já alcançado, no domingo (21), para US$ 47.780 -, o ativo seguiu instável e, mesmo tendo se recuperado ao patamar dos US$ 55 mil, desceu a US$ 44.964 na manhã desta terça (23). As informações são do site Tecnoblog.
Em meio a uma desvalorização quase tão grande quanto a de ontem, a moeda digital ainda não voltou à casa dos US$ 50 mil, custando US$ 47.299 às 17h37 (horário de Brasília). Diante do cenário de baixa, o Bitcoin perdeu hoje, segundo o CoinMarketCap, mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado, apenas alguns dias após ter superado a marca de US$ 1 trilhão de capitalização, na última sexta-feira (19).
Entre as razões para a atual situação, os analistas citam não apenas as vendas massivas da criptomoeda por investidores que buscaram lucro imediato após o recorde do domingo, o que elevou sua oferta e baixou seu valor, mas também críticas recentes de personalidades influentes no mercado.
Janet Yellen, Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, declarou em entrevista à CNBC que o Bitcoin “é uma forma extremamente ineficiente de conduzir transações, e a quantidade de energia que é consumida no processamento dessas movimentações é impressionante”. Além de destacar o impacto ambiental do alto uso de eletricidade para o processo de mineração, que consiste na criação de novas moedas, Yellen alertou sobre seu possível uso em financiamentos ilegais.
Já o magnata Elon Musk, que contribuiu para a valorização contínua da criptomoeda nos últimos meses, adquirindo US$ 1,5 bilhão em Bitcoin por uma de suas empresas, a Tesla, também afetou o comportamento do mercado ao reconhecer, em seu perfil oficial no Twitter, que o ativo “realmente está alto”.