O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) está com inscrições abertas para seu prêmio Jovens Campeões da Terra 2020. A competição, que é global, é voltada para jovens empreendedores, de 18 a 30 anos, que têm grandes ideias para solucionar os principais desafios ambientais do planeta.
Serão selecionados sete vencedores e vencedoras, de sete regiões do mundo, que receberão financiamento inicial para investir em seus projetos, além de orientações e oportunidades para participar de reuniões de alto nível da ONU e compartilharem suas inovações com o mundo. O PNUMA os acompanhará em suas jornadas à medida que avance a implementação de seus projetos.
Com a mudança climática ameaçando a existência de nossos ecossistemas naturais e de nossas sociedades, o PNUMA busca apoiar jovens com visão, que reconhecem a gravidade da crise ambiental global e têm coragem para encontrar soluções inovadoras — muitas vezes utilizando a própria natureza — para construir um planeta mais saudável.
“A juventude está na vanguarda do engajamento climático, desafiando governos, empresas e tomadores de decisões a agirem para garantir um futuro saudável em um mundo sustentável”, disse a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen. “É profundamente inspirador ver a juventude inovando e encontrando soluções para os desafios ambientais ao seu redor. Tenho grande respeito pelos vencedores do prêmio Jovens Campeões da Terra — bem como por todas as pessoas que se inscrevem — por seus trabalhos em prol de um planeta mais verde e limpo.”
Brasil teve campeã em 2019
No ano passado, a lista de finalistas do Jovens Campeões da Terra 2019 contou com a presença de uma brasileira: a baiana Anna Luísa Beserra, de 21 anos e formada em Biotecnologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), apresentou um projeto que viabiliza o acesso à água potável e segura por meio de um filtro que purifica a água da chuva coletada por cisternas instaladas em áreas rurais.
Outros contemplados incluíram uma engenheira de software nepalesa que visa tornar o transporte público elétrico uma alternativa de qualidade aos veículos particulares e um engenheiro industrial libanês que trabalha com estudantes e refugiados para reutilizar e reciclar roupas indesejadas.
E dos cinco finalistas pela América Latina e Caribe, três eram do Brasil: além de Anna Luisa, também foram selecionados, Bernardo Andrade, idealizador da Casa do Semiárido, e Bárbara Schorchit, criadora da iniciativa Genecoin. Um jovem brasileiro também concorreu pela Europa: Felipe Villela, fundador da iniciativa holandesa reNature.
As inscrições para o prêmio Jovens Campeões da Terra serão submetidas a um júri global encarregado de selecionar sete vencedores de África, Ásia e Pacífico, Europa, América Latina e Caribe, América do Norte e Ásia Ocidental. As inscrições estão abertas até 10 de abril. Interessados podem se inscrever através do site.