Enquanto o mundo ainda enfrenta a pandemia de covid-19, outra doença contagiosa tem deixado autoridades internacionais em estado de alerta nas últimas semanas – a varíola dos macacos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou ter identificado, até o último sábado (21), 94 casos da enfermidade em 15 países que não constituem região endêmica do vírus, normalmente encontrado em áreas das Áfricas Ocidental e Central.
Ainda na sexta (19), após identificar sua segunda ocorrência da infecção, um desses países, a Bélgica, determinou quarentena obrigatória de 21 dias para pacientes contaminados com a mazela. “As informações disponíveis sugerem que a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos”, afirmou a OMS, em comunicado.
Segundo David Heymann, especialista em doenças infecciosas da entidade, o surto atual parece ter se originado pela transmissão da varíola “como uma forma sexual, como uma forma genital, [que] está se espalhando assim como as infecções sexualmente transmissíveis, o que amplificou sua transmissão em todo o mundo”.
Contraída primariamente por humanos a partir do contato com animais selvagens contaminados, como primatas, a varíola dos macacos se caracteriza nos primeiros dias de infecção por sintomas como febre e dores de cabeça, musculares e dorsais, seguidas de erupções na pele que formam pústulas e crostas. A transmissão secundária, então, resulta de contato próximo com secreções, fluidos biológicos ou lesões na pele de pacientes. Geralmente, a doença se cura de maneira espontânea entre 14 e 21 dias, e ocorrências graves são raras, vinculadas a fatores como o estado de saúde do infectado, a extensão de sua exposição ao vírus e a gravidade das complicações de seu quadro.
(com g1 e UOL)