A farmacêutica norte-americana Pfizer informou ter concluído os testes da fase 3 de sua vacina contra a covid-19, a BNT162b2, produzida em parceria com a BioNTech. Com os resultados, que atestam eficácia de 95% de imunização sem efeitos adversos graves, a empresa pretende agora iniciar a distribuição. Em comunicado, a companhia disse que vai solicitar “nos próximos dias”, mas sem informar data precisa, a liberação para uso emergencial do produto.
A distribuição deve ser iniciada nos EUA, onde todos os protocolos exigidos pela FDA (Food and Drug Administration, uma espécie de Anvisa do país) já foram atendidos, segundo a Pfizer. No Brasil, o Ministério da Saúde se reuniu recentemente com executivos da empresa para discutir condições de aquisição de lotes.
Esperança, mas com cautela
As vacinas em fase de conclusão atualmente são uma esperança de controle da pandemia, capaz de reduzir os contágios e mortes, reduzindo também os impactos sobre as economias. Mas os cientistas alertam que ainda há um grande caminho para percorrer. As vacinas atuais têm sido desenvolvidas em tempo recorde. Os imunizantes produzidos de forma mais rápida levaram 5 anos até serem liberados. Os da covid-19 podem sair com pouco mais de 1 ano. Mas a maioria não deve ser uma solução definitiva.
Algumas das vacinas em teste atualmente garantem a imunização por cerca de 1 ano apenas, na avaliação otimista, como é o caso da Pfizer. Isso levaria à necessidade de reforços, aumento de custos e maiores complicações logísticas.