A healthtech Klivo, cujo serviço consiste no acompanhamento de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis, anunciou nesta terça-feira (23) a captação de R$ 45 milhões em sua rodada de investimentos Series A.
Os aportes foram feitos pelo Valor Capital Group, Civilization Ventures, Tau Ventures, Reaction, Canary e Norte Asset Management — os dois últimos são brasileiros.
Também participaram investidores-anjo e instituições particulares, como o Hospital Israelita Albert Einstein. Os valores alocados por cada fundo não foram divulgados.
A Klivo é dirigida por Marcelo Toledo, que já foi colunista do Administradores e é o entrevistado desta semana no podcast Café com ADM, e pelo investidor André Sá, ex-sócio do BTG Pactual e da Stone. Ouça abaixo o episódio e continue a leitura para conhecer melhor a empresa.
A companhia, segundo seus fundadores, tem como propósito melhorar a qualidade de prestação de serviços no sistema de saúde brasileiro para portadores de doenças crônicas não transmissíveis (DNCT), como diabetes e hipertensão.
No Brasil, 15,7 milhões de pessoas sofrem de diabetes, segundo a 10ª edição do Diabetes Atlas. “O sistema de saúde é desenhado para o evento agudo e o paciente crônico precisa de um acompanhamento contínuo. Viemos para preencher esta lacuna do setor”, explica André Sá.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) distribui canetas de insulina, instrumento essencial para o controle glicêmico — tomando a diabetes como exemplo.
Com o investimento, a Klivo ganha combustível para garantir o crescimento, ampliação das linhas de cuidado e realizar aquisições estratégicas.
A empresa conta com uma equipe de saúde multidisciplinar — composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos — que, aliada ao uso de tecnologia, devices e dados, possibilita um acompanhamento contínuo e personalizado aos seus membros 24 horas por dia.
Segundo a startup, hoje há 21 mil pacientes. A plataforma ajuda a melhorar a adesão dos pacientes ao uso de medicamentos prescritos, reduzindo os custos com internação.
“A tecnologia tem contribuído muito para empoderar o setor de saúde. A Klivo humaniza o atendimento e aproxima usuários e profissionais do setor, entregando um serviço eficiente e de qualidade, que beneficia todas as partes envolvidas”, afirma Michael Nicklas, sócio do Valor Capital Group, fundo que realizou o maior aporte.
Marcelo Toledo, CEO da Klivo, lembra que o modelo de negócios já foi validado em outros mercados. “É um modelo já provado lá fora, onde o maior player global, a Livongo, foi adquirido por US$ 18,5 bilhões pela Teladoc Health em 2020”, conta.
“O potencial é enorme, visto que no Brasil, 52% das pessoas com 18 anos ou mais receberam o diagnóstico de pelo menos uma doença crônica em 2019. Viemos para simplificar e melhorar o setor da saúde com uso humano e inteligente da tecnologia, entregando mais qualidade de vida, melhora clínica e redução de custos”, explica André Sá.