O mês de julho registrou 56 pedidos de recuperação judicial frente aos 74 realizados no mesmo mês do ano anterior. De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, esse movimento representa uma queda geral de 24,3% nas solicitações. As empresas do segmento de Serviços foram as que mais requisitaram o recurso, que teve queda em todos os demais setores.
Ainda segundo o índice, também foram registradas quedas na visão por porte de negócio. As micro e pequenas empresas lideraram o montante de pedidos apesar da diminuição expressiva, indo de 45 solicitações em julho de 2021 para 32 em julho de 2022. Na avaliação ano a ano, os negócios de médio porte foram os únicos a marcar aumento. Veja nas tabelas abaixo as informações completas:
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que as negociações de dívidas entre donos de empresas e seus parceiros ou fornecedores têm sido uma das principais ferramentas para manter os negócios funcionando em tempos de instabilidade econômica. “Os empreendedores continuam adotando essa prática para se organizarem financeiramente e evitarem a insolvência, fator que causa a diminuição dos pedidos de falências ou recuperações judiciais que, além de tudo, são soluções mais complexas e caras para serem adotadas”, avalia Rabi.
Pedidos de falências diminuem com retração de 17%
As requisições de falência caíram de 100 para 83, considerando a variação anual do mês de julho. As empresas do setor de Serviços também lideraram a procura por esse recurso, marcando 49 pedidos. Em sequência estão: Comércio (19), Indústrias (15) e o segmento Primário, que não teve nenhuma solicitação no mês. Na relação sobre os portes, as MPEs registraram 47 requisições, os médios negócios, 15, e os grandes, 21.