Você já se sentiu uma fraude? Ou teve medo de as pessoas descobrirem que você não sabe tanto quanto elas pensam? Ou conhece alguém altamente habilidoso e empenhado, mas que não consegue reconhecer a própria capacidade?
Estamos falando da Síndrome do Impostor, também chamada de “pessimismo defensivo”, que é uma desordem psicológica que, apesar de não ser classificada como doença mental, é bastante estudada. Os sintomas manifestados costumam ser os mesmos sintomas que também são encontrados em outros transtornos, como depressão, ansiedade e baixa autoestima.
Esse tipo de pensamento já passou por 70% das pessoas ao menos uma vez na vida e normalmente atinge profissionais, estudantes de pós-graduação, artistas, atletas e principalmente mulheres.
Embora essa síndrome não seja reconhecida pelos padrões de diagnósticos, ela causa imenso sofrimento e aumento da ansiedade. As razões para isso acontecer estão na ansiedade excessiva, comparação com os outros, principalmente nas redes sociais e a necessidade de ser perfeito.
Quem sofre dessa síndrome costuma não acreditar no seu sucesso e desvaloriza as suas conquistas. É comum acontecer quando se está em uma posição de ser alvo de julgamentos do desempenho: trocar de emprego, receber uma promoção ou entrar em uma faculdade.
As pessoas podem reagir de duas formas, trabalhando excessivamente para compensar esses pensamentos ou trabalhando menos, procrastinando, e os pensamentos nessas duas ações são os mesmos: autodepreciação, medo de exposição e autossabotagem.
Como resolver isso?
O primeiro passo é reconhecer que esse problema tem prejudicado sua vida e passar por um processo de autoconhecimento. Isso será fundamental para identificar os pensamentos disfuncionais que estão coibindo a sua evolução e a valorização das suas potencialidades.
Descobrir quais são seus pontos fortes e talentos para fortalecê-los, assim como respeitar suas falhas e limitações, reformular o pensamento e compreender que ninguém é perfeito.
Não sofra com esses pensamentos! Agora que você sabe o que é a Síndrome do Impostor e se esse problema estiver afetando sua vida, não hesite em procurar a ajuda de um profissional.
* Cléia Carolina de Souza é psicóloga cognitivo comportamental e instrutora de gestão do Senac Goiás.