O setor de serviços domina a geração de novas vagas de trabalho formal no Brasil nos últimos 12 meses até maio. É o que mostra uma pesquisa recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, e divulgada pelo g1.
Entre as 2.608 profissões listadas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), aquela que mais abriu novos postos com carteira assinada em um ano foi a de faxineiro, com 163,4 mil vagas criadas. Trata-se de 6,15% do total de 2,66 milhões de cargos gerados no período e uma expansão de 10% da categoria – que chegou a 1,79 milhão de profissionais, superando os números pré-pandemia (1,59 mi).
Assim como faxineiro, o levantamento da CNC destaca várias outras ocupações do segmento de serviços – considerado o mais afetado pela crise da covid-19 e, atualmente, motor da retomada do mercado de trabalho com atividades presenciais. No Top 10 registrado pela CNC, predominam aquelas de baixa remuneração e pouca qualificação exigida.
Confira a lista abaixo, com o saldo de admissões e desligamentos dos cargos nos últimos 12 meses até maio:
1) Faxineiro – 163459
2) Assistente administrativo – 122511
3) Vendedor de comércio varejista – 119681
4) Alimentador de linha de produção – 117033
5) Auxiliar de escritório – 113387
6) Servente de obras – 103029
7) Atendente de lojas e mercados – 83093
8) Auxiliar nos serviços de alimentação – 77440
9) Atendente de lanchonete – 63247
10) Motorista de caminhão – 55493
Expansão percentual
No mesmo estudo, a CNC elencou, entre as 140 ocupações que mais empregam no Brasil, as 10 que tiveram maior aumento percentual no contingente de trabalhadores durante o intervalo pesquisado.
Conforme nota a matéria do g1, destacam-se cargos vinculados a áreas que ou sofreram aumento de demanda ante transformações recentes do mercado – como a expansão do e-commerce e do trabalho híbrido -, ou ainda não retomaram seu status pré-pandêmico.
Profissão | Variação (%) | Novas vagas |
---|---|---|
1) Auxiliar de logística | 43% | 42.631 |
2) Garçom | 26% | 35.919 |
3) Estoquista | 26% | 22.217 |
4) Analista de negócios | 24% | 20.095 |
5) Auxiliar de desenvolvimento infantil | 24% | 34.623 |
6) Auxiliar nos serviços de alimentação | 22% | 77.440 |
7) Camareiro de hotel | 21% | 15.258 |
8) Trabalhador polivalente da confecção de calçados | 21% | 15.388 |
9) Atendente de lanchonete | 21% | 63.247 |
10) Atendente de lojas e mercados | 20% | 83.093 |
Impacto da inflação
Na última sexta (8), a CNC havia divulgado outro levantamento sobre o mercado de trabalho brasileiro, focando-se no impacto da inflação sobre a remuneração inicial média das ocupações com maior volume de contratação nos últimos 12 meses até maio. Clique aqui para saber mais.
(com g1)