Qual a diferença entre sistemas abertos ou fechados? Quais as características que os definem? Organizações são caracterizadas como abertas ou fechadas?
Essas e outras questões que respondemos neste artigo!
Introdução à Teoria geral dos sistemas
Antes de falarmos sobre as características dos sistemas abertos e fechados, é importante entendermos, rapidamente, a teoria da qual fazem parte.
Grosso modo, a Teoria geral dos sistemas pode ser entendida como uma forma de enxergar o conhecimento humano de maneira sistêmica e integrada em favor de um objetivo maior.
Aqui, vale destacarmos o entendimento de Oliveira (2002) a respeito de sistema: “conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função”.
Além de um mesmo objetivo, caso haja qualquer alteração em uma de suas partes, haverá também consequências no sistema como um todo, ou seja, relação de “interdependência das partes”.
Todo sistema é formado por outros subsistemas
Nesse sentido, sistemas, apesar de comporem diferentes áreas do conhecimento (como biologia, física, administração, etc.), possuem características universais determinadas por leis comuns.
Essas características dividem os sistemas em dois grupos distintos, isto é, com qualidades que os diferenciam entre abertos ou fechados.
Características dos sistemas fechados
Os tipos mais simples de sistemas são os chamados “sistemas fechados”.
A característica principal desse modelo sistêmico é capacidade de não sofrer influência pelo meio externo, e vice-versa.
Nesse caso, os sistemas fechados não são alterados diretamente pelos meios em que estão inseridos, bem como não possuem a capacidade de influenciá-los. Assim, eles “consomem a própria energia” para se manter.
Em um exemplo prático, aqui estão incluídas as mais diversas tecnologias criadas pelo homem, como máquinas fotográficas, motores de carros, maquinários industriais ou, até mesmo, uma garrafa térmica, que é capaz de sustentar o seu próprio calor por um longo período de tempo.
Características dos sistemas abertos
No segundo caso, temos os chamados sistemas abertos, cuja qualidade principal é a de, ao mesmo tempo, influenciar e sofrer influências de seus meios externos.
Há no sistema aberto transferências, tanto positivas quanto negativas, de elementos e energia entre ele próprio e o ambiente, ou seja, existe uma influência recíproca.
Chiavenato (2009) destaca 4 características principais desses sistemas:
- Entradas ou insumo: para que um sistema aberto possa existir, é necessário que ele receba matérias-primas (inputs) advindas do ambiente externo;
- Processamento ou operação: após o recebimento dessas entradas, haverá o processamento e transformação em produtos ou resultados;
- Saídas ou resultados: depois de processadas, as entradas resultam em saídas (outputs) em forma de produtos ou serviços, por exemplo;
- Retroação: como uma das principais características destacadas, a retroação é a capacidade do sistema aberto de se “retroalimentar”, isto é, receber feedbacks, que podem ser positivos ou negativos, para a manutenção ou não de todo o processo.
Nesse sentido, os melhores exemplos de sistemas abertos, dentro de nosso contexto, são o próprio corpo humano (que troca a todo momento matéria e energia com o mundo ao seu redor) e as organizações (desempenhando papel fundamental para todos os indivíduos e às sociedades).
Conclusão
Essa foi uma rápida explicação sobre os conceitos de sistemas abertos e fechados.
Como destacamos no início do texto, eles fazem parte da Teoria geral dos sistemas, uma abordagem que ampliou a visão ativa das organizações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos – O capital humano das organizações; São Paulo, editora Campus, 2009.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Teoria Geral da Administração: Uma Abordagem Prática. São Paulo: Atlas, 2010.
*Leonardo Marioto é Servidor público. Músico e escritor nas horas vagas. Formado em Administração pela UNICEP, com especialização em Gestão Organizacional e de Pessoas pela UFSCar. É autor também do site De humanas.