O governo dos Estados Unidos reconheceu neste fim de semana, após informação divulgada pelo jornal “The New York Times”, ter sofrido um ataque hacker estrangeiro recentemente. Segundo especialistas, a ação criminosa foi provavelmente realizada sob as ordens de uma agência de inteligência da Rússia e invadiu redes ligadas aos departamentos do Tesouro, do Comércio e da Administração Nacional de Telecomunicações, incluindo e-mails de funcionários federais.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Ullyot, declarou em comunicado que o governo já está “tomando todas as medidas necessárias” para identificar os responsáveis pelo ataque, considerado o mais grave em cinco anos.
A invasão é publicamente revelada menos de uma semana após a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) ter alertado que hackers sob influência russa estariam explorando falhas de um sistema de segurança utilizado pelo governo. Pouco depois, a FireEye, empresa responsável pela proteção cibernética de setores como o Departamento de Segurança Interna, havia anunciado que criminosos patrocinados por um Estado estrangeiro lhe roubaram recursos de identificação de vulnerabilidades em ambientes digitais.
As suspeitas apontam para o Serviço de Inteligência Estrangeiro da Rússia (SVR); caso confirmadas, essa terá sido a ação hacker mais sofisticada dos russos contra os EUA desde as invasões de 2014 e 2015, quando agências de inteligência ligadas ao Kremlin acessaram e-mails não-confidenciais da Casa Branca, do Departamento de Estado e do Estado-Maior Conjunto.
O porta-voz russo Dmitri Peskov negou que seu governo esteja por trás do ataque.