O vício em redes sociais é uma realidade para boa parte dos latino-americanos, que assumiram passar até 6 horas por dia em aplicativos como Instagram, Facebook, Twitter, YouTube ou TikTok. No Brasil, mais especificamente, 14% passam até 3 horas diante desse tipo de aplicativos, enquanto 42% afirmam gastar em torno de 30 minutos a 1 hora por dia. Com a pandemia, de fato, essas plataformas proporcionaram uma conexão fundamental para usuários de todas as idades; 50% dos brasileiros disseram que, em consequência do confinamento, passaram muito mais tempo conectados nas redes. Mesmo gerando sentimentos positivos e entreterem, tais hábitos, contudo, podem comprometer a saúde mental e os dados pessoais dos internautas.
Os dados acima foram obtidos pelo estudo “Nossa relação em mudança com as redes sociais”, da consultoria de cibersegurança Kaspersky, que analisou o impacto que essas plataformas têm na vida das pessoas. Uma das constatações em praticamente todos os países pesquisados é que existe um vício nas ferramentas citadas. Mais da metade dos brasileiros (67%) disse se sentir “entretido” e mais de um terço (39%) afirma estar mais “conectado” ao interagir nessas redes sociais.
Apesar da atração por essas plataformas, o levantamento revela que as pessoas estão cientes dos riscos envolvidos em seu uso: cerca de oito em cada 10 brasileiros (78%) se lembram de uma notícia sobre o possível impacto negativo das redes sociais e, como resultado, 75% mudaram a forma como as usam. Na verdade, quase metade (48%) reduziu o tempo de exposição nas redes.
Outro aspecto que preocupa os internautas da região são as informações que prestam às redes sociais: 15% dos brasileiros afirmam não ter ideia de como essas plataformas utilizam seus dados pessoais e mais da metade (55%) dos entrevistados disse ter um conhecido cujos dados foram comprometidos nesses aplicativos.
“Cuidar da nossa vida digital é tão importante quanto manter as finanças em ordem ou adotar um estilo de vida saudável. Portanto, resguardar adequadamente nossa segurança e privacidade digital deve estar em nossa lista de resoluções para 2022, pois a cada momento que passamos nas redes sociais entregamos informações pessoais, seja por meio de alguma publicação ou dos rastros digitais que deixamos. Esses dados são usados por essas plataformas para criar um perfil sobre nós, monetizando-o e oferecendo para marcas que personalizam sua publicidade ou para outros fins não divulgados”, explica Dmitry Bestuzhev, diretor da equipe de pesquisa e análise para a América Latina da Kaspersky. “Além disso, é importante notar que essas plataformas não estão isentas das atividades dos cibercriminosos, que estudam perfis de usuários e aproveitam as informações que publicam para realizar diferentes tipos de fraudes e crimes no geral”, completa.
Para que em 2022 você possa reduzir o tempo gasto nas redes sociais e saiba como proteger adequadamente seus dados pessoais, a Kaspersky lista as seguintes orientações:
- Mantenha um equilíbrio adequado entre o tempo que você passa nessas plataformas e outras atividades, como ler, se exercitar ou ficar com entes queridos;
- Verifique quem você tem como contato e, por mais óbvio que possa parecer, não aceite estranhos como “amigos”;
- Esteja ciente de que todas as informações publicadas nas redes sociais correm o risco de cair em mãos erradas. Evite enviar fotos que revelem sua localização, seu endereço, a localização da escola de seus filhos etc.;
- Não importa quem compartilhou um link com você, sempre suspeite, principalmente, quando o endereço parecer estranho. Sempre verifique antes de clicar;
- Dedique tempo para revisar quais dados pessoais você compartilha em cada uma das redes sociais onde está e verifique quais permissões você concedeu a cada uma dessas plataformas;
- Use soluções de segurança que o ajudem a proteger sua privacidade online.