Após divergirem oficialmente por 15 anos quanto à altura exata do famoso Monte Everest, considerado o maior do mundo, os governos da China e do Nepal anunciaram nesta terça-feira (8) um acordo que favorecerá o turismo local em torno da montanha, situada na fronteira entre os dois países e tida como um dos destinos mais belos e desafiadores para os alpinistas.
Por meio de duas missões independentes, cada uma por um país, que calcularam a distância da base ao pico do Everest, ambas as partes identificaram a mesma medida, chegando ao consenso de que o monte tem 8.848,86 metros de altura. O Nepal alegava, conforme medição em 1954, que o monte tinha 8.848 metros exatos, mas a China contestava, a partir de sua própria medição em 2005, que a altitude era de 8.844,43 metros.
Os especialistas responsáveis pelas novas missões temiam que o Everest tivesse perdido em tamanho, devido a um terremoto e uma avalanche que danificaram parte de sua formação em 2015. O número divulgado hoje, porém, prova não apenas que o recorde de altura segue pertencendo ao local, mantendo intacto seu status mundialmente conhecido, como mostra que ele é ainda maior do que se pensava.
O turismo em torno do Everest, que atrai centenas de alpinistas todos os anos, é especialmente importante para a economia nepalense. Para se ter uma ideia, as cerca de 40 expedições realizadas na montanha durante a temporada de escalada de primavera rendem mais de US$ 4 milhões somente em taxas de autorização, além de aquecer o setor de hospitalidade, que emprega milhares da população local.