Nesta terça-feira (1º), a Polícia Federal (PF) cumpre quatro mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte (MG) e São José da Lapa (MG), na região metropolitana da capital mineira, como parte da investigação de um possível crime contra a saúde pública. De acordo com a instituição, empresas locais estariam vendendo álcool gel inadequado segundo exigências medicinais. O material, como se sabe, vem sendo amplamente utilizado como higienizador na prevenção contra o novo coronavírus.
A apuração começou em agosto, quando a Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), identificou através de exames laboratoriais que o álcool gel para uso em suas dependências, produzido pela fornecedora mineira, havia sido adulterado com água e outros componentes químicos, tornando-o ineficaz para a prevenção à Covid-19.
O caso, então, passou à PF em Minas Gerais, que em ação conjunta com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Vigilância Sanitária da Prefeitura de Belo Horizonte, busca comprovações do crime na sede do fabricante, em sua distribuidora e na residência de responsáveis pela empresa.
Os suspeitos podem responder pelo crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão, e ainda cumprir até 7 anos por estelionato.