De acordo com dados divulgados pela Serasa Experian, no último mês o Brasil atingiu seu menor número de pedidos de recuperação judicial em sete anos. Foram contabilizadas 52 requisições do tipo em novembro, uma queda de 54,5% em relação ao mesmo período de 2019, 47,5% em comparação a outubro de 2020, e o menor registro desde novembro de 2013, que teve 51 pedidos.
Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, atribuiu a redução não apenas aos incentivos concedidos às empresas durante a pandemia do novo coronavírus, mas a uma mudança recente na lei: “Antes de partir para um pedido de recuperação judicial, os negócios buscaram alternativas com os credores, aumentando prazos e novas linhas de crédito, por exemplo. Além disso, houve a aprovação de uma nova lei que tem como objetivo tornar os processos mais eficientes, portanto muitas pessoas jurídicas estão aguardando esta definição para seguir com as requisições”.
As micro e pequenas empresas foram as maiores solicitantes no período, com 31 casos, seguidas pelas companhias de porte médio, com 16, e grande, com 5 requisições. O setor de Serviços manteve a maior quantidade de pedidos (25), sucedido por Comércio (17) e Indústria (6). Todos os segmentos, porém, apresentaram queda na análise anual, com 1.106 requisições entre janeiro e novembro, uma redução de 12,8% na relação com o mesmo período de 2019, que somou 1.268 solicitações.
Ainda segundo a Serasa Experian, o mês de novembro registrou 65 pedidos de falências, uma queda de 24,4% na comparação anual. As micro e pequenas empresas também lideram essas solicitações (34), com as grandes companhias (22) à frente das médias (9). O total do ano é de 915 pedidos, redução de 31,2% em relação aos 1.329 de 2019.