Durante conferência de mídia e tecnologia realizada pela empresa de serviços financeiros Morgan Stanley, o CEO da Walt Disney Company, Bob Chapek, declarou que a pandemia do novo coronavírus provocou transformações profundas na maneira como o público consome filmes. As informações são da agência de notícias Bloomberg.
“O consumidor provavelmente está mais impaciente do que nunca, especialmente porque agora tiveram o luxo de passar um ano inteiro recebendo títulos em casa praticamente quando queriam”, afirmou o executivo, na segunda-feira (1º), referindo-se à popularização de serviços de compra online e plataformas de streaming durante o período de quarentena e isolamento social.
Para Chapek, a mudança de comportamento deverá se manter mesmo após a crise sanitária global: “Não tenho certeza se há volta”. “Certamente, não queremos fazer nada como prejudicar uma exibição no cinema”, garantiu o empresário, ressaltando, porém, que não será mais viável manter a antiga abordagem da indústria cinematográfica.
“Não acho que haverá tolerância para um título ficar fora dos cinemas por meses e ainda não ter a chance de ser lançado no mercado em outro canal de distribuição”, destacou Chapek.
A Disney está entre as grandes produtoras norte-americanas que evitaram lançar alguns de seus títulos no cinema em 2020, estreando-os diretamente na internet, como a animação “Soul”.