Os microinfluenciadores e a publicidade ao alcance das PMEs
São os influenciadores digitais, peças-chave nas atuais campanhas de marketing e propaganda e destino de investimentos crescentes
Passou o tempo em que investir em publicidade era algo exclusivo para grandes marcar. Ainda há espaços caríssimos na TV e nas páginas da imprensa, mas as mídias sociais mudaram muito este mercado. Ao captarem a audiência dos meios tradicionais, descentralizaram e baratearam o acesso de empresas a ações de marketing.
No início, a Internet deu a um espectador passivo poder de interação. Depois, as mídias sociais possibilitaram que internautas passassem a divulgar conteúdos próprios. Alguns aglutinaram legiões de seguidores ou se tornaram referências sobre determinados temas.
São os influenciadores digitais, peças-chave nas atuais campanhas de marketing e propaganda e destino de investimentos crescentes. Conforme levantamento da Mediakix, este mercado movimentou US$ 4 bilhões no mundo em 2017 e deve girar US$ 10 bilhões em 2020. No país, o segmento se expande rápido e por boas razões. Conforme estudo da PricewaterhouseCoopers divulgado este ano, 77% dos brasileiros têm suas decisões de compra influenciadas por mídias sociais.
Parte desses investimentos busca as mesmas celebridades que a publicidade tradicional: famosos que acumulam milhões de seguidores em mídias sociais e cobram centenas de milhares de reais para citarem marcas em seus posts. Este mercado, porém, é formado, em sua maior parte por microinfluenciadores, assim classificados, a grosso modo, por terem até um milhão de seguidores.
Alguns gozam de status de celebridade; outros, de prestígio e credibilidade quando tratam de determinados temas. Têm cachês infinitamente mais modestos, mas proporcionam visibilidade que gera leads e conversões para as empresas. A exposição ideal, por exemplo, para um fabricante de autopeças, pode ser no canal do Youtube de um mecânico.
É um poderio enorme, como a pesquisa da PwC mostra: dos entrevistados, 43% afirmaram ter conhecido marcas nas mídias sociais.
E qual é o investimento? Quando as agências procuram os influenciadores, se deparam com os mais variados pedidos de cachês. Há desde os famosos, que cobram R$ 5 mil, aos que têm seguidores de nichos específicos, que pedem capinhas de celular por uma postagem. Neste universo, as PMEs podem encontrar quem as divulgue, de forma efetiva perante potenciais consumidores, por quantias adequadas a seus orçamentos.
Thiago Cavalcante — Sócio-fundador da Inflr.