Foi deflagrada nesta quinta-feira (10), em 14 estados, uma operação da Polícia Federal contra suspeitos de fraudar o Auxílio Emergencial, benefício mensalmente concedido pelo governo federal para auxiliar trabalhadores informais e de baixa renda, entre outros grupos mais vulneráveis à crise econômica causada pela pandemia da Covid-19.
A ação, denominada Segunda Parcela, mobiliza cerca de 152 agentes da PF para cumprir 42 mandados de busca e apreensão, 13 mandados de sequestro de bens e sete mandados de prisão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Paraíba, Piauí, Maranhão e Tocantins.
Trata-se da maior operação realizada para combater fraudes relacionadas ao benefício, feita em parceria com o Ministério Público Federal, o Ministério da Cidadania, a Caixa Econômica Federal, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União.
Além de determinar o bloqueio de valores de até R$ 650 mil em contas que receberam irregularmente o auxílio, as investigações impediram ou cancelaram mais de 3,82 milhões de cadastros fraudulentos. De acordo com a PF, a ação evitou o saque indevido de pelo menos R$ 2,3 bilhões dos cofres públicos, se calculado o pagamento de apenas uma parcela de R$ 600 do auxílio por pedido.