Como destaco em um dos capítulos de Gestão Fácil, livro de minha autoria, o que estamos vivenciando hoje são ciclos mais curtos de inovação, com cada vez menos tempo para aprendermos a nos adaptar a cada um deles. No passado, tudo tinha um tempo de validade maior, porém, com o ‘ritmo vertiginoso de inovação’, está havendo uma espécie de angústia na sociedade – quero dizer que, hoje, podemos dormir como reis, mas, amanhã, podemos ser surpreendidos e sermos transformados em súditos do rei!
Assim, é preciso acompanhar o que entendo como ‘ritmo vertiginoso de inovação’, até porque só será possível aos profissionais, independente do segmento de atuação, acompanharem as mudanças, adaptarem-se e entendê-las, caso queiram acompanhar a movimentação constante e dinâmica nos negócios e cotidianamente.
Nesse contexto da inovação, um princípio que vai além do importante e decisivo papel da tecnologia – que, aliás, mudou completamente a conduta de todas as gerações, diz respeito ao processo de desmaterialização, ou seja, a diminuição da dependência de recursos físicos. Exemplificando: hoje, quem está desenvolvendo uma pesquisa, consulta o Google em lugar de manter uma enciclopédia sobre a estante; aqueles que querem assistir a um filme, optam pelo Netflix em lugar de alugar um DVD.
E como as gerações entendem o processo da desmaterialização?
Entre as pessoas com mais de 50 anos, até por terem tido hábitos de consumo mais simples e menos acesso a produtos e serviços, o “desmaterializar-se” deixa de ser um desafio. Em contrapartida, em outro extremo, os jovens, especialmente os da chamada Geração Z, passam boa parte do tempo online, compartilham posts e imagens digitalmente, e demandam o mercado. Até por isso os jovens precisarão se readequarem a esse ‘mundo novo’, o da desmaterialização das coisas.
Mas, qual é a relação do processo de desmaterialização com o mundo dos negócios e com a inovação? Ocorrerá a busca pela fabricação mais sustentável para produtos e serviços. Uma transição que irá mexer com mercados e instituições. É como menciono em um dos trechos do capítulo ‘Inovar é obrigatório’, em Gestão Fácil: “A tecnologia acoplada é a responsável pelo processo de desmaterialização das coisas, uma vez que produtos ou serviços estarão naturalmente inseridos em outros ou funcionando com estruturas menores”.
O que quero dizer com minhas observações? Com o mercado não se briga. Ao contrário. O mercado clama por inovações, por produtos e serviços que gerem facilidades. Tudo em alinhamento ao processo de desmaterialização. Certamente, o futuro já chegou!
*Oséias Gomes fundou e é CEO da Odonto Excellence Franchising; autor do livro Gestão Fácil; especialista em empreendedorismo e negócios.