Diversas grandes empresas como Facebook, Microsoft, Nike e Disney anunciaram recentemente que vão entrar no mundo do metaverso, o que multiplicou valores envolvidos em negociações de propriedades e outros itens em plataformas de realidade virtual como Decentraland e Sandbox.
Recentemente, o Metaverse Group comprou um terreno no Decentraland por 618 mil unidades da criptomoeda mana, o equivalente a cerca de US$ 2,5 milhões. A venda foi considerada uma das mais caras da história da plataforma. O Megaflower Super Mega Yacht, um barco virtual do Sandbox, foi também foi comercializado pelo valor recorde de 149 ether, ou seja, cerca de US$ 650 mil.
Segundo Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, cada vez mais o mundo está olhando para um fluxo de dinheiro e informação descentralizado, inovações que favorecem o uso de criptomoedas blockchain e desfavorecem empresas centralizadas.
“O Facebook, por exemplo, está entrando nesse nicho de criar experiência virtual trazendo mais tecnologia. O metaverso é um mundo descentralizado de web 3.0. O Facebook representa essa centralização e está tentando se adiantar para não ficar de fora desse mundo, até porque a web 3.0 é uma ameaça ao Facebook”, explica o especialista.
Nesse cenário, tem chamado a atenção ainda o jogo Axie Infinity, que se popularizou ao remunerar jogadores com criptomoedas e movimentar bilhões de dólares. Um terreno virtual, o Genesis Land, chegou a ser vendido por 550 ether, o equivalente a cerca de US$ 2,3 milhões.
A Nike também chegou a anunciar recentemente a compra de uma startup de NFTs para lançar calçados digitais no metaverso. E a famosa série The Walking Dead já divulgou que irá lançar um jogo na blockchain Gala.
“Estamos vendo empresas como Tesla e Nike comprando terras dentro das plataformas de blockchain e focando em experiências. Esse é um mundo extremamente novo, em que estamos ainda nos ambientando e tentando descobrir como funciona. Agora estamos vivendo uma euforia com relação a isso. A mana, criptomoeda nativa do Decentraland, já existe há alguns anos, mas na maior parte do tempo teve seu preço abaixo de US$ 1. Fato é que esse mundo está evoluindo muito rápido com a entrada de grandes empresas”, avalia Lago.
O especialista ressalta, porém, que este não é “dinheiro fácil”: “O metaverso é ótimo para quem quer empreender digitalmente criando jogos ou vendendo roupas, por exemplo. Mas, como investimento, tende a ser bem volátil“.
Saiba mais
Por falar em metaverso, o inovador ambiente de imersão digital é tema do podcast Café com ADM desta semana. Em entrevista a Leandro Vieira, o empreendedor e especialista Filipe Santos explica o que esse conceito representa para o futuro dos negócios, da internet e da sociedade como um todo. Ouça: