Um novo relatório divulgado nesta terça-feira (30) pela empresa de consultoria especializada Prohibition Partners prevê que o mercado legal de cannabis na Europa, incluindo o consumo medicinal e o uso adulto livre, deve atingir o valor de 3,2 bilhões de euros em 2025, a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 67,4%.
O documento destaca que, em 2020, 60 mil pessoas no continente passaram a ter acesso a medicamentos baseados em plantas do gênero, elevando o total de pacientes europeus a 185 mil no ano. Estima-se que o valor do mercado europeu de cannabis medicinal chegará a 406 milhões de euros ao final de 2021 – um crescimento de 75% na comparação com 2020.
Maior consumidor da região devido à sua legislação progressiva e a uma população rica e numerosa, a Alemanha corresponderá, até 2024, a mais da metade desse segmento, constituindo mais de 840 milhões de euros ao final do período de projeção.
Até 2025, outros países do continente também terão ampliado consideravelmente o acesso a remédios derivados de cannabis, com destaque para o Reino Unido, que pode apresentar o maior crescimento regional no período, caso as regulações locais sobre o setor seguirem progredindo.
Além do aumento do acesso e do consumo de cannabis medicinal, o relatório prevê que nos próximos quatro anos vários países europeus devem legalizar o uso adulto livre do produto (base para drogas como a maconha), como Alemanha, Holanda e Suíça, representando vendas que podem superar 500 milhões de euros até 2025.
“Estamos apenas no início da nossa jornada de cannabis na Europa, mas há um ímpeto inegável para nos tornarmos o maior mercado de cannabis do mundo, é apenas uma questão de tempo”, avalia o cofundador e CEO da Prohibition Partners, Stephen Murphy. “O mercado europeu de cannabis medicinal está começando a florescer. Enquanto a concorrência está esquentando para produtores e fornecedores de cannabis medicinal na Europa, ainda existem muitas oportunidades para empresas se inserirem em nichos da cadeia de valor, antes que o mercado se torne mais estabelecido”, acrescenta Conor O’Brien, analista da empresa.